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Director artístico

O folclore sempre fez parte da minha vida. Na minha infância tive a felicidade de contactar com grandes decanos da tradição madeirense, pessoas, que de uma forma muito espontânea iam-me transmitindo saberes e vivências peculiares da nossa tradição oral imaterial. Lembro-me que contactava, há cerca de 30 anos atrás, com pessoas octogenárias e que lhes perguntava acerca dos bailados, cantares e modos de trajar de outros tempos. Ora essas informações prestadas foram sobremaneira cruciais para o meu gosto arreigado pela tradição , pela etnografia e pelo
folclore.

Desde os meus sete anos comecei a integrar grupos de folclore, sendo primeiro grupo do qual fiz parte integrante foi o Grupo Folclórico da Boa Esperança, do Rochão, Camacha. Mantive-me sempre em actividade neste grupo até o ano de 1985. Em 1986, após ter abandonado o referido grupo, fundo, juntamente com um grupo de amigos e meu irmão, João Paulo, o Grupo de Folclore do Rochão. Grupo que dirigi até Fevereiro de 2008, neste ano, fruto de uma conjura maniatada por um grupo de “boys” sou forçado a abandonar o mesmo – foi uma saída polémica, compulsiva e desastrosa ( futuramente irei explanar aqui a minha versão acerca do meu abandono do Grupo de Folclore do Rochão).

Após a minha saída do Grupo de Folclore do Rochão, fui convidado a integrar o Grupo de Folclore MonteVerde, na qualidade de Director Artístico, convite que muito me honrou, pois encontrei uma afabilidade que nunca registei, por exemplo, no grupo que fundei e dirigi durante 22 anos.

Este espaço, que muito gentilmente me foi cedido pelo Grupo de Folclore do MonteVerde, pretende ser mais um contributo para aquelas pessoas que se interessam pela causa da Etnografia e Folclore. Procurarei sempre suscitar interrogações preocupações concernentes a estas temáticas que muito interessam aos grupos de folclore e à diáspora, mormente as comunidades de emigrantes que se dedicam à divulgação do nosso folclore regional.

Não podia deixar de aproveitar a oportunidade para parabenizar o Grupo de Folclore Monte Verde, por mais um aniversário e dizer-lhes que continuem esta missão tão nobre, muitas vezes árdua e onerosa, mas muito digna e prestigiante, da minha parte tudo irei fazer para laurear o Vosso Grupo com os melhores sucessos – até porque o vosso grande fundador assim o merece. Manuel Ferreira Pio foi um homem notável, pois dedicou-se de corpo e alma, enquanto foi possível, à causa do folclore, a ele um bem haja.

O Director Artístico, Alexandre Rodrigues

11 de Fevereiro de 2011