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Trajes

O Grupo Folclórico MonteVerde a partir do ano 2008, através do prestigiado contributo de Alexandre Rodrigues, renovou a sua indumentária .

A indumentária que o grupo apresenta assenta em diversos contextos socioeconómicos da freguesia do Monte nos períodos que medeiam os séc. XIX e . XX.

Assim, o grupo apresenta diversos trajes típicos da Romaria de Nossa Senhora do Monte, destacando-se, no traje feminino: os listados de fundo vermelho, azul ou preto; os corpetes bordados a missangas ou em
retrós ; as capas de romeira debruadas em fita de seda ou veludo de cores vivas; carapuças azuis, vermelhas ou pretas, algumas delas ornamentadas com cordões de ouro ou outras fantasias, sendo que outras apresentam- se com fitas de várias cores pendentes; blusa de linho fino, de produção caseira, abotoada com um ou dois pares de botões de ouro(consoante as posses económicas do seu portador); bota chã, fabricada de pele -de - cabra( também conhecidas por botifarras); complementa este traje um cordão de ouro, como era apanágio na época.


Trajes de carreiro:

O grupo apresenta trajes de trabalho, destacando-se o traje de carreiro, sendo um mais ancestral, onde o carreiro apresenta-se de camisa e calças de linho ou estopa; carapuça; em alguns casos apresenta colete ou jaleco e bota chã, o outro, mais recente, apresenta o carreiro de camisa e calça de linho ou estopa (mais recentemente de tecidos industriais como a sarja); bota de sola de pneu e chapéu de palha.





Trajes de Resguardo ( feminino):

O grupo apresenta, igualmente, alguns trajes de resguardo ou de domingar de finais do séc. XVIII e séc. XIX, cujo conjunto comummente usual era: saia de baeta azul ou preta; capa ou capote de baeta azul ou preta; saia e capote ou manto de sarja ou sarafina preto ou azul; polca de
linho fino ou outro tecido afim ; carapuça azul com cobre nuca de linho fino ,cambraia branca, ou seda; bota chã ou botifarra e cordões de ouro.


Traje de lavradores abastados:

O grupo apresenta um par de lavradores abastados retirados a partir de uma gravura do séc XIX : a mulher apresenta-se de saia branca; capa vermelha debruada de amarelo; blusa de linho abotoada com dois pares de botões de ouro e na cabeça, apresenta-se de cartola preta, tal como era uso em , Canárias. O homem veste calção tipo braga de tecido amarelo, casaco azul tipo grilo e colete listado , carapuça azul escura e botifarra de cano alto, tal como a bota seiscentista.




Traje de Vilão com capote:

Apresentamos alguns trajes denominados de “vilão”, são trajes típicos das zonas mais a Sul da Ilha e do Funchal, presume-se serem de origem árabe, e também dos antigos trajes seiscentistas, principalmente o calção ou braga, bem como as botifarras ou bota de cano alto. Algumas gravuras
do séc XIX, representam o vilão com capote, presume-se que se tratava de algum caseiro, que teria recebido por oferta o capote, pertença do seu senhor.



Traje da Ribeira de Santa Luzia(feminino):

Do livro de Carlos Santos sobre o Traje da Madeira retiramos oseguinte, “ Um quadro de Dillon reproduzindo parte da ribeira de Santa
Luzia, apresenta uma mulher sentada na margem, vestindo saia de fundo
amarelo esverdeado e listas de cor escura, capa vermelha com vivo
amarelo claro e carapuça azul”.

Trajes serranos (masculinos):

Considerando que a freguesia do Monte também confina com zonas mais montanhosas, onde o pastoreio era também comum, o uso de indumentária serrana é crível, destaca-se assim, no traje masculino, o uso da seriguilha, composta por jaleco e calça deste tecido; camisa de linho ou estopa, barrete de orelhas feito igualmente de lã de ovelha, bota chã e, no pescoço, por vezes, o homem apresenta-se de lenço de cambraia
vermelho (muito usual para protecção do sol ou para romaria).



Para além dos trajes supra descritos, o grupo apresenta ainda alguns trajes referentes a certos ofícios, como o leiteiro, pastor, traje de cote (feminino) do principio do séc. XX.